domingo, 12 de dezembro de 2010

Chegando ao Everest...

Foto tirada momentos antes da chegada no retorno ao campo base do Everest.
Apesar do sol, não se iludam. A sensação térmica era próxima de -35ºC.



Sabe aquela sensação de dever cumprido? Pois então, esta é a sensação.

Depois de 9 dias de subidas extenuantes, o mesmo cardápio (e cada dia diminuindo), muita aclimatação, vendo muita gente desistir ou ser carregado abaixo, e muitos, muitos km andados, finalmente chegamos (eu, o guia, o sherpa carregados e meus novos amigos), e retornamos.
Esta é a mítica placa "Way to Everest B.C". Quando iniciei os diálogos com a empresa que iria me guiar até o Base Camp, exigi deles: "Quero tirar uma foto nesta placa" e mandei para eles uma foto desta placa que encontrei na internet. Mal sabia eu que o caminho era único, e obrigatoriamente passaria por esta placa.

E como é retornar do "B.C."? Fantástico. Mas eu cometi o mesmo erro que muitos trekkers e alpinistas cometem. Relaxam corpo e mente com o "dever cumprido" de ter chego ao destino. Leso erro. O destino, a meta, não é chegar ao Everest (tanto faz, topo, Base Camp), mas sim ir e VOLTAR. Relaxei a mente e o corpo quando cheguei perto dos 6.000m e pensei: "dever cumprido". Sabe o que aconteceu imediatamente? Começaram os "problemas" relacionados ao corpo. Neste dia, voltando do BC, abriu uma bolha de sangue debaixo do meu dedão do pé esquerdo. Gigante. Que nunca tinha aparecido nem sequer dado qualquer sinal ou indicação. No dia seguinte, foi a vez do nariz sangrar... e no terceiro dia da descida, um piriri me "atacou".
Dica? Ponha na cabeça. Vc deve ir e VOLTAR até Lukla. Esta é a sua meta!

Abraços